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Inatingibilidade

O que pulsa na tua veia, a tua pálpebra sensível,
é este o meu amor, que me domina, inatingível.
O teu sangue escorre, por mim, por todos nós.
Tua boca, minha língua, teu sussurro, minha voz.
Temes que o amanhã não chegue, sentes frio, acoberta-te.
Pede meu manto natural, possuinte do meu bem e mal.
Tens a audácia de achar que todos sentem desejo por ti.
Quase como um sofrimento, todos sentem, na tua percepção, ao te ver partir.
Escondendo a amargura da solidão que te fere todas as noites - frias, vazias, sem destino certo.
E te recebe como uma mãe que aceita o filho prodígio, meu peito, todo aberto.
Tão seca é a tua saudação comigo.
Aflige-me e distorce meu libido.
Habituo-me com a tua imensurável beleza, com teu olhar calmo, proveniente de tantos mistérios.
Assemelho-o a Veneza, onde as águas estão mescladas, como o meu sentimento perante ao teu, diamante raro, de poucos minérios.
Assim, acomodada em apenas te desejar,
sinto de longe essa vontade que me corrói, de todas as noites te beijar.
E deixo nas entrelinhas o quanto amo cada detalhe pertencente a ti.
E deixas tão perceptível em tua vida, a falta de importância em eu nela existir.

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