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Mostrando postagens de julho, 2009

Inatingibilidade

O que pulsa na tua veia, a tua pálpebra sensível, é este o meu amor, que me domina, inatingível. O teu sangue escorre, por mim, por todos nós. Tua boca, minha língua, teu sussurro, minha voz. Temes que o amanhã não chegue, sentes frio, acoberta-te. Pede meu manto natural, possuinte do meu bem e mal. Tens a audácia de achar que todos sentem desejo por ti. Quase como um sofrimento, todos sentem, na tua percepção, ao te ver partir. Escondendo a amargura da solidão que te fere todas as noites - frias, vazias, sem destino certo. E te recebe como uma mãe que aceita o filho prodígio, meu peito, todo aberto. Tão seca é a tua saudação comigo. Aflige-me e distorce meu libido. Habituo-me com a tua imensurável beleza, com teu olhar calmo, proveniente de tantos mistérios. Assemelho-o a Veneza, onde as águas estão mescladas, como o meu sentimento perante ao teu, diamante raro, de poucos minérios. Assim, acomodada em apenas te desejar, sinto de longe essa vontade que me corrói, de toda

Conformismo

Já me conformei em ser o cúmulo da sensibilidade. Mas que mal há? Pergunto-me se todos não deveríamos ser mais adeptos ao amor, independentemente de consequências, como o próprio sofrimento. Mas não há de sofrer mais ao temer não se apaixonar? Ou o que dirá dos não-amantes em suas vidas banais, sem imagens montadas ou reais para, em uma tarde fria, suspirar? Confesso que nós, românticos, sentimos na pele o quanto o mundo caótico e frio - assim tornou-se - torna incompreensíveis estas demonstrações de afeto, carinho e sentimento à flor da pele. Valha-me Deus! Onde estará aquele ser que me complete?