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Mostrando postagens de agosto, 2010

Querido Morfeu.

Abraça-me, Morfeu. Aprecie esta nova alma que se mostra apoderada de ti. Proteja-me, Morfeu. Deixe-me inconsciente e desapareça com toda a dor pela qual vivi. Beija-me, Morfeu. Aguça meus desejos e abafe meus longos e ordinários prantos. Deseja-me, Morfeu. Como por alguém não o fui, apenas mais um de seus desencantos. Agora está tarde, quero apenas este descanso. Eterno dormir, minhas pálpebras a se fechar... Mostro-me pronta com teu sussurro manso, Para mais um profundo e longo suspirar.

Falando em desalinho

Talvez lesse risos em teus choros outrora. Quão louca sou por tanto te querer? Devorando meus anseios na madrugada morna Nessa angústia sigo de tua vida viver. Esqueço de mim quando penso em ti, Aqueço a mim quando te imagino. Nessa contradição falo em desalinho Como quem simplesmente não está em si. Mas em mim não estou se tua vida persigo Se da minha esqueço, neste caminhar. E neste sufoco, crio um abrigo Para o coração não se machucar. E abrigo torna-se qualquer ombro amigo, E a minha promessa de não mais pesar. De não mais deixar o meu eu ferido, De esquecer tão logo essa dor de amar.