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Mostrando postagens de outubro, 2009

Demorado

Eu fiz uma carta para o meu amor, E nessa carta, explicitei toda essa dor. Que dilacera meu pobre coração Que sofre e espera, e é tudo em vão. Talvez tudo o que falamos O que sentimos e pensamos Fora mera imagem montada E tudo isso, para nada. São meros devaneios Tolos e sofridos anseios Tornou-se uma doença Essa de clamar por tua presença Outros lábios eu beijei Outros corpos, eu toquei. Outros amores, eu tentei. Veja só como eu errei Pensei que fácil seria Livrar-me dessa agonia Dessa paixão que me sufoca Que maltrata; que desloca. Tentei esse amor findar Tanto queria não me machucar Mas era amor, e assim costuma ser. Demorado... Para esquecer.

Dúvidas

O que torna esse coração tão aflito? E essas mentes, consideradas insanas? Seria essa química que em seus cérebros se ausenta? Ou um infortúnio proveniente de um pecado estendido? Dos primatas ou de Adão? Por Darwin ou por Deus? Onde estará a explicação De tanto malefício para um coração? Desconhecidos que habitaram essas terras A fé que sustenta povos Qual será a verdade para tudo? Desse mundo de sonhos, choros e guerras... Psicopatas, esquizofrênicos, ateus. Psiquiatras, terapeutas, religiões. Igrejas que enganam ou sanam Esses medos aparentes nos olhos teus. Nesse pedaço de papel Junto idéias ou perguntas que não consigo responder Talvez um dia tudo seja esquecido. E sobrarão lembranças de um fictício inferno e céu. Ou Deus me dirá para que vieram Por que vieram e para onde irão. E só me resta nesse abismo observar Esses tolos ou sãos que tanto esperam.