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Os apaixonados

Os apaixonados se entreolham com ardor
Os apaixonados sentem um quase amor
Esse quase amor se transforma em dor
Se sem reciprocidade esse sentimento for

Ela quis um delicado beijo
Ele sentiu um grande desejo
E como um notável ensejo
Sentiram-se com grande pejo

Tímidas criaturas
Entrelaçaram-se, nuas.
E São Francisco pôde sentir
O amor que fizeram ali

Suas línguas juntaram-se
Formaram a união perfeita
Suas mentes modificaram-se
Da confissão que para ele fora feita

E como em um conto de fadas
Ele a pediu em casamento
Tantos anos depois
Veio o verdadeiro tormento

E o amor que ali acontecia
Era só por parte dela, uma injúria.
E os enamorados as xícaras quebraram
Despejando tanta fúria

E ele hoje se sente sozinho
Arrepende-se do caminho
Que atordoado resolveu seguir
Agora é tarde, ela não está mais ali.

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Pedaços de mim

Sumir dentro de mim Inerente tristeza sem fim Almejando felicidade plena Diariamente me envenena Caixão e cadáver em seus devidos lugares A vida e a morte sublinhando pares Água saindo de sua devida fonte Futuro incerto e vista do horizonte Praguejo e desejo Nessa hora, teu beijo Conforta-me e me acalma Acalenta minh'alma Respira meu ar aflito Perfuma meu atordoado espírito Embeleza o amor Leve-me para onde for

Falando em desalinho

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Superação

Mundo virado Mentiras à parte Deite-me de lado Aprecie esta arte Aqui está a sobra Do retalhado coração O resultado de sua obra Em meio a tanta ilusão Aparentemente frágil Supostamente perfeita Talvez fosse mais ágil A dor que a ferida sustenta Destruindo-me por dentro Deixando-me sem voz Com a velocidade do vento E sua invisibilidade atroz O pesadelo acabou Ou apenas começara? O casulo desmoronou E desprotegida ficara Já é tempo de se fazer Aquilo que nos foi ensinado Superar, refazer O coração despedaçado.